Vacinas não devem ser negligenciadas

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Vacinação para o público feminino

Escrito por: Elessandra Asevedo

A população feminina possui vacinas específicas que não devem ser negligenciadas ao longo da vida. De acordo com a Federação Brasileira de Ginecologia Obstetrícia (Febrasgo), a vacinação para esse público é uma estratégia segura e inteligente para manter a saúde e a resistência em alto nível – incluindo as gestantes.

Um exemplo é a vacina contra o HPV, disponibilizada gratuitamente para meninas dos 9 anos aos 14 anos de idade. Além disso, é indicada para mulheres que vivem com HIV, transplantadas de órgãos sólidos, de medula óssea ou pacientes oncológicos na faixa etária de 9 a 45 anos. Nas clínicas particulares, a vacina quadrivalente está disponível para meninas e mulheres de 9 a 45 anos.

A médica ginecologista Cecília Maria Roteli Martins, presidente da Comissão Nacional Especializada em Vacinas da Febrasgo, afirma que a vacinação contra o HPV evita lesões benignas, a exemplo de verrugas genitais em homens e mulheres. Entretanto, apesar de benignas, essas verrugas são extremamente infecciosas e desconfortáveis. “As mulheres acima dos 15 anos que ainda não se vacinaram podem se beneficiar da vacinação disponível na rede privada, em esquema de três doses”, sugere.

Gestantes

Mulheres grávidas também têm três vacinas específicas primordiais nesta etapa da vida: Influenza, Hepatite B e dTpa-tríplice bacteriana (difteria, tétano e coqueluche). De acordo com a médica, a vacina dTpa é recomendada em todas as gestações, pois protege a mulher durante a gravidez e transfere anticorpos para o feto, que fica protegido nos primeiros meses de vida até que possa ser vacinado.

A médica ginecologista Nilma Antas Neves, vice-presidente da Comissão Nacional Especializada em Vacinas da Febrasgo, lembra que adolescentes e adultos estão sendo reconhecidos como as principais fontes de transmissão da coqueluche para os recém-nascidos e crianças ainda não vacinadas ou com imunização incompleta. “As mães também têm apresentado uma participação relevante nessa transmissão”, alerta.

Gestantes também são grupo de risco para as complicações da infecção pelo vírus Influenza, pois a gripe está associada ao aumento de hospitalizações e doenças de maior gravidade em gestantes e neonatos. Já a imunização de gestantes contra a hepatite B tem como principal objetivo evitar a aquisição materna desse vírus durante a gravidez e, consequentemente, proteger o recém-nascido.

Proteção

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), todos os anos as vacinas salvam entre 2 e 3 milhões de vidas ao redor do planeta, assim como protegem toda a população contra mais de uma dezena de doenças potencialmente letais. Desta forma, as vacinas não devem ser negligenciadas.

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