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Carreiras em grandes times do exterior

Escrito por: Adenilde Bringel

O CT/Academia da Yakult também é reconhecido como um celeiro de novos talentos, atraindo a atenção de ‘olheiros’ de equipes da Major League Baseball (MLB) e de universidades japonesas e norte-­americanas, entre outras ligas que vêm buscar os melhores atletas brasileiros. Como não tem uma liga profissional forte como a MLB, as atletas brasileiras de softbol têm a oportunidade de jogar em times de faculdades e universidades nos Estados Unidos. O país, com mais de 50 instituições de ensino superior com times de softbol feminino, dá oportunidade para as atletas estudarem e jogarem por até quatro anos.

Dentre os atletas de beisebol que assinaram contratos com times profissionais está Gabriel de Souza Barbosa, que começou a jogar com menos de oito anos. Aos 14, passou a treinar no CT, onde permaneceu de 2017 até julho de 2018, quando assinou um contrato de sete anos com o Colorado Rockies, da cidade de Denver, nos Estados Unidos. O contrato envolvia possível troca de time e dispensa a qualquer momento. Assim, quando completou cinco anos no Rockies, o New York Yankees o escolheu no Rule 5 (evento anual que permite a troca de jogadores).

Para o pitcher (arremessador) de 22 anos, a experiência de sair do interior de São Paulo e morar em diferentes países tem sido incrível. “O beisebol mudou a minha vida e tudo o que tenho devo a Deus, aos meus pais e ao esporte. Meu principal plano é me manter saudável para seguir jogando e competindo, ganhar dinheiro e tirar minha mãe do trabalho”, afirma. O jogador também serve a Seleção Brasileira de Beisebol sempre que possível, e já representou o Brasil em Jogos Pan-americanos, pré-mundiais e classificatórias para o World Baseball Classic (WBC) – principal torneio internacional de beisebol.

Aos 19 anos de idade, o arremessador João Gabriel Marostica joga pela Seleção Brasileira desde os 11 anos. O jogador, que começou a praticar o esporte com seis anos, entrou no CT/Academia em 2020 e saiu em 2023. O primeiro contrato profissional foi assinado em fevereiro de 2024 com o Tochigi Golden Braves, da liga profissional independente no Japão. “Apesar de ser um choque cultural muito forte, estou muito contente com as pessoas em minha volta e só tenho a agradecer de estar realizando um sonho de criança de jogar beisebol profissional. Sem o esporte eu não seria a mesma pessoa. O esporte me ensinou a ter disciplina dentro e fora de campo e saber que tudo acontece no tempo certo”, ressalta o atleta, que tem como foco jogar na Nippon Professional Baseball (NPB) e aprender ao máximo sobre o beisebol japonês.

Gabriela Mit começou a jogar softbol aos 11 anos por intermédio de uma amiga da escola que era do Clube Nikkei, de Curitiba. “Eu era uma criança bem animada e, assim que fiz meu primeiro treino com o técnico Sensei Jânio, me apaixonei pelo esporte. O treino era onde gastava minha energia e esquecia do mundo”, relata. Em agosto de 2023, aos 19 anos, foi selecionada para jogar no time do Miami Dade College, nos Estados Unidos, onde também cursa a graduação em Computer Arts Animation – que termina em maio de 2025.

A catcher (receptora), que já jogou nas seleções Sub 15 (2019) e Sub 19 (2021), ressalta que a competição fora do Brasil tem mais atletas e investimento, por isso, é um estímulo para treinar muito e buscar sempre melhorar. E, como consequência dos treinos e esforços, há muitos retornos positivos não só no jogo, mas também na vida. A jogadora conta que gosta de conhecer pessoas, aprender e sempre aprimorar no softbol, pois o esporte lhe deu um futuro que nunca havia imaginado, permitiu conhecer as melhores amigas e muitas pessoas que admira, além de países novos. A atleta quer terminar os estudos e continuar jogando para representar o Brasil mais vezes no softbol, aproveitar as oportunidades que o esporte oferece e criar boas memórias.

Um dos avôs de Beatrice Hitomi Nakae é um dos fundadores do Clube Central (que depois se uniu ao Glória), de Curitiba, e o outro fez parte da diretoria do Clube Pinheiros. Assim, a atleta começou a jogar softbol com cinco anos por influência da família. Depois de cursar faculdade de Engenharia Civil no Brasil, em agosto de 2023 a center field (jardineira central) de 26 anos resolveu mudar para Big Spring, no Texas, para jogar pelo Howard Junior College. “Tem sido muito bom jogar nos Estados Unidos, principalmente pelo volume de jogos e pela qualidade das instalações esportivas. Jogamos muito e treinamos todos os dias, o que faz muita diferença na nossa técnica e experiência de jogo”, ressalta.

Além disso, Beatrice destaca a experiência de morar fora, se acostumar com cultura e idioma diferentes, conhecer pessoas e ter uma nova experiência de vida. O objetivo da jogadora – que é atleta do Central Glória no Brasil – é terminar o College em 2025 e fazer parte da Seleção Brasileira que vai disputar o Pan-americano de Softbol em Monteria, na Colômbia, valendo vaga para o Pan de 2027 e com o foco na classificação para as Olimpíadas de 2028. Beatrice Hitomi Nakae considera o esporte importantíssimo para seu desenvolvimento como pessoa, pois ensina valores como disciplina, responsabilidade e preparo emocional. •

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