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| Microbiota & Probióticos

Estudos envolvem mulheres

Escrito por: Adenilde Bringel

Em 2017, o grupo da UFG publicou um artigo na revista Obesity relatando os resultados de um estudo clínico com a suplementação de um mix de probióticos (Lactobacillus acidophillus, Lactobacillus casei, Lactococcus lactis, Bifidobacterium bifidum e lactis) por oito semanas sobre a adiposidade corporal de 43 mulheres com sobrepeso, divididas em dois grupos. A análise da microbiota identificou que uma classe de bactérias de perfil inflamatório, denominada candidato a filo TM7, estava altamente associada com os marcadores de adiposidade. “As mulheres que receberam o mix de probióticos tiveram redução do TM7, o que mostra que os benefícios podem ter ocorrido devido ao declínio nessa população”, informa o professor João Felipe Mota. Em outro estudo, dois grupos de mulheres com percentual de gordura de 30% (elevado para indivíduos eutróficos) receberam lactobacilos, bifidobactérias e frutooligossacarídeo (simbiótico) ou placebo antes de uma refeição hiperlipídica. Duas horas depois, o grupo simbiótico atenuou a resposta insulínica, o que foi considerado um achado importante e com capacidade de se tornar preventivo para evitar diabetes e doenças cardiovasculares.

Um estudo transversal realizado por pesquisadores da Universidade Federal do Piauí (UFPI) – campus Senador Helvídio Nunes de Barros – avaliou o risco de disbiose e associou com consumo alimentar de 62 mulheres atendidas em unidades básicas de saúde na cidade de Picos, interior do Estado. Nutricionistas obtiveram dados como peso, altura, consumo alimentar e questionário de risco para disbiose, e o resultado mostrou que a maioria das participantes tinha percentual de massa gorda acima do preconizado (obesidade grau 1), e 98% apresentava risco metabólico alto, inclusive com histórico familiar marcante de hipertensão e cardiopatias ou a combinação dos dois, e associação para risco de disbiose intestinal. O padrão alimentar era composto por fontes de carboidratos simples, além de alto consumo de carnes bovina, suína e de carneiro – que também têm correlação estatística com disbiose. “No questionário, vimos alguns pontos importantes relacionados à disbiose, como estilo de vida, tipo de parto e uso de antibióticos com frequência”, detalha a professora doutora Nara Vanessa dos Anjos Barros, que orientou o estudo. A partir dos resultados, foi desenvolvido um plano alimentar que poderá ajudar a modular a microbiota intestinal das mulheres, inclusive com probióticos e prebióticos.

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