Tratamento minimamente invasivo para próstata

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Tratamento inovador para câncer de próstata

Escrito por: Fernanda Ortiz

No combate ao câncer de próstata, novas tecnologias têm se destacado pela eficiência nos resultados. Entre as novas técnicas disponíveis está o sistema NanoKnife. O tratamento minimamente invasivo tem garantido maior precisão e menos efeitos colaterais, por preservar a próstata e tratar somente a área acometida pelo tumor. Além disso, a recuperação é mais rápida para pacientes em estágio inicial e localizado da neoplasia. Na maioria dos casos, a tecnologia permite tratar os pacientes em apenas uma sessão, preservando funções importantes para o bem-estar do paciente.

Atualmente, os pacientes acometidos pelo câncer de próstata são submetidos à remoção cirúrgica da glândula, seja por meio convencional ou robótico. Ambas as técnicas são consideradas padrão ouro no tratamento – podendo ou não necessitar de radioterapia. “O sistema NanoKnife é a mais nova fronteira em um universo em constante expansão e se destaca pela inovação, pelos resultados promissores e por dispensar o procedimento cirúrgico e a necessidade de internação”, comenta o uro-oncologista Arie Carneiro, do Hospital Israelita Albert Einstein. Além da próstata, o tratamento minimamente invasivo já é utilizado para tratar tumores de pâncreas, rim e fígado.

Inovação 

O procedimento é feito a partir da colocação de três agulhas na região da próstata que, por meio de uma corrente elétrica, realizam uma ‘abertura’ nos poros celulares fazendo com que as células cancerígenas morram. De acordo com o urologista Oskar Kaufmann, também do Hospital Israelita Albert Einstein, o tratamento pioneiro pode curar este tipo de câncer com apenas uma sessão, sem danificar os tecidos saudáveis ao redor. “Trata-se de uma tecnologia atérmica, que não dispensa calor ou frio. Com isso, minimiza o risco de lesão nos nervos responsáveis pela ereção e de prejuízos na função urinária”, destaca.

Apesar de todos os benefícios, a tecnologia não é recomendada para todos os pacientes. Os critérios clínicos envolvem tipo de tumor, tamanho e se está localizado apenas em uma parte da próstata. Outro obstáculo é em relação ao acesso. Mesmo aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a tecnologia ainda não está contemplada no rol da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) nem no Sistema Único de Saúde (SUS). Entretanto, desde 2022 está disponível em hospitais da rede privada.

Incidência 

O câncer de próstata é uma das doenças com maior impacto na saúde dos homens depois dos 45 anos de idade. Segundo tipo mais incidente na população masculina brasileira em todas as regiões do País, fica atrás apenas dos tumores de pele não melanoma. De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), a estimativa é de cerca de 71 mil novos casos da neoplasia por ano para o triênio 2023-2025. Atualmente, é a segunda causa de óbito por câncer na população masculina, reafirmando sua importância epidemiológica no Brasil.

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