Considerado um dos principais responsáveis pelas crises respiratórias, principalmente em pessoas com rinite alérgica, os ácaros domésticos podem viver em diversos tipos de superfícies como piso, móveis, na água e, até mesmo, em animais. Pertencentes à mesma família das aranhas, essas criaturas microscópicas se reproduzem de maneira rápida principalmente pelo clima quente e úmido – com temperaturas entre 25°C e 30°C – típico do verão brasileiro.
“Existem mais de 55 mil espécies catalogadas de ácaros, que se alimentam dos restos de pele humana e de animais domésticos. Por isso, ficam em locais como travesseiros, sofás, tapetes, colchões e almofadas”, alerta o médico especialista em Alergologia e Imunologia Clínica Alexandre Okamori, do Grupo São Cristóvão Saúde. Em um metro quadrado de tapete, por exemplo, é possível encontrar até 100 mil ácaros. Esses aracnídeos soltam uma poeira fina derivada de seus detritos (como fezes e ácaros mortos), o que contribui para o agravamento de alergias e doenças respiratórias.
A alergia a ácaros provoca reações respiratórias, como rinite e asma. Entre os sintomas mais prevalentes estão a irritação no nariz, olhos ou garganta; coceira nos ouvidos e no nariz, e coriza. “Além disso, é comum ter secreção nasal transparente ou amarelada, espirros e lacrimejamento dos olhos”, sinaliza o especialista, que é membro da European Respiratory Society (ERS).
No caso da rinite alérgica, o paciente apresenta sintomas principalmente de manhã, com crises de espirros ao levantar da cama, comichão e congestionamento nasal. Já a asma provoca episódios de falta de ar, chiado e sensação de aperto no peito ou tosse, que pioram à noite. Aliás, a tosse frequente como único sintoma também é uma manifestação de alergia ao ácaro. O especialista dá algumas sugestões para evitar a proliferação dos principais responsáveis pelas crises respiratórias.
Siga as dicas!
- Deixe o quarto e os demais ambientes bem arejados e expostos à luz solar. Por gostarem de sombra e umidade, isso ajuda a evitar a multiplicação;
- Troque roupa de cama e toalhas periodicamente;
- Além de utilizar capas específicas, lave os travesseiros com frequência e troque o item a cada três anos, no máximo. Análises científicas apontam que, após seis anos de uso, ao menos 10% do peso de um travesseiro é derivado da quantidade de ácaros e seus detritos;
- Na hora de dormir troque a colcha que cobre a cama durante o dia por uma nova;
- Faça semanalmente a higienização de colchões com aspirador de pó e, se possível, deixe tomar sol;
- Cortinas, especialmente persianas, devem ser lavadas regularmente;
