Com o passar dos anos, o organismo diminui a capacidade de combater os radicais livres resultando em um aumento do estresse oxidativo nas células e, consequentemente, no envelhecimento. No entanto, uma pesquisa realizada na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) mostrou que algumas espécies de plantas medicinais, como Curcuma longa, Panax ginseng e Rhodiola rosea, têm propriedades antioxidantes que podem ser grandes aliadas para retardar o processo de envelhecimento.
O estudo utilizou extratos secos padronizados e os pesquisadores fizeram análises dos antioxidantes sintetizados pelos extratos. “Em relação à atividade antioxidante, destacou-se a espécie de Curcuma longa. Já os flavonoides, identificados nos três extratos, atuam na proteção contra agentes oxidantes e, consequentemente, contribuem para a redução do estresse oxidativo, ou seja, o excesso de radicais livres no organismo”, relata a pesquisadora e nutricionista Uyara Correia de Lima Costa.
A Curcuma longa, também chamada de açafrão da terra, é considerada um alimento funcional, pois seus componentes possuem propriedades terapêuticas relacionadas a atividades antioxidantes, anti-inflamatórias, antimutagênicas e antimicrobianas. Os métodos químicos utilizados durante o estudo, na quantificação e determinação da atividade antioxidante das espécies analisadas, apontaram o açafrão da terra com o maior potencial antienvelhecimento.
O Panax ginseng, popularmente conhecido como ginseng, é uma planta medicinal utilizada para combater fadiga física e mental e possui uma série de atividades farmacológicas: anti-inflamatória, neuroprotetora, cardioprotetora, hepatoprotetora, antioxidante, antidiabética e antitumoral. A Rhodiola rosea, conhecida pelos nomes ‘raiz de ouro’ ou ‘raiz dourada’, apresenta propriedades voltadas para o ajuste metabólico, redução da fadiga, melhora da capacidade cognitiva e aumento da linha de defesa antioxidante. Além disso, pode ser utilizada para tratar depressão, ansiedade, doenças cardíacas e patologias relacionadas ao envelhecimento.
As espécies que apresentam propriedades antioxidantes neutralizam os radicais livres, de modo a propiciar o fortalecimento do sistema imunológico e a prevenção do envelhecimento. “É uma alternativa segura e de baixo custo para a população, principalmente para aqueles que não têm acesso à assistência médica. Assim, as plantas medicinais são amplamente utilizadas como prática complementar, inclusive nos serviços públicos no Brasil”, afirma a nutricionista.