Doenças neurodegenerativas são distúrbios neurológicos que se tornam mais prevalentes com a idade, e geralmente são causados por danos ou perda de neurônios, como a doença de Alzheimer e a epilepsia. Estudos indicam que espécies reativas de oxigênio (EROs) são importantes gatilhos para o desenvolvimento desse grupo de enfermidades, e a mitigação do estresse oxidativo causado pelo desequilíbrio de EROs no corpo humano é importante para o tratamento dessas doenças.
Dentro deste contexto, a framboesa se sobressai. A fruta é amplamente utilizada na área alimentar e medicinal devido à sua abundância de polifenóis e outras substâncias bioativas que podem aliviar as doenças neurodegenerativas. Uma revisão científica desenvolvida por pesquisadores chineses mostra os papéis atuais desses polifenóis na manutenção da estabilidade neurológica, regulando a composição e o metabolismo da microbiota intestinal e a transmissão do sinal do eixo intestino-cérebro.
Os efeitos terapêuticos dos polifenóis da framboesa nas doenças neurodegenerativas foram realizados por meio de microrganismos intestinais e sinais de espécies reativas de oxigênio. Os cientistas reforçam que são necessários métodos para melhorar a digestibilidade e utilização dos polifenóis da framboesa, o que proporcionará uma forma potencial para garantirem a saúde do sistema nervoso humano.
Um outro estudo, realizado em Portugal, avaliou a bioatividade dos polifenóis da framboesa e mostrou que podem ser atenuadores neuroinflamatórios. As frações estudadas foram compostas por polifenóis bioacessíveis ao soro sanguíneo, obtidos a partir da digestão in vitro de cinco diferentes framboesas quase isogênicas e os resultados sugerem que os compostos podem prevenir a neuroinflamação microglial.
Os especialistas reforçam que são necessários mais estudos em outros modelos neuroinflamatórios além das frações, como linhas celulares de micróglia humana ou células microgliais primárias, para confirmar se os polifenóis podem colaborar com a prevenção ou regressão de algumas das doenças neurodegenerativas.