Arte marcial desenvolvida no século XVII, na China, o Tai Chi Chuan (ou simplesmente Tai Chi) é uma atividade física de baixo impacto cujos benefícios a tornam uma ótima indicação para pessoas de todas as idades, especialmente as mais idosas. De intensidade leve a moderada, a lentidão e o vigor dos movimentos propostos pela técnica estimulam e fazem a manutenção da força, do equilíbrio e do controle motor, fortalecendo a musculatura.
Estudos mostram que aqueles que praticam Tai Chi sempre melhoram a qualidade de vida, pois dormem mais, aprimoram a memória e diminuem o nível de estresse. Uma investigação clínica realizada em Taiwan, na China, mostrou que o treino de Tai Chi foi eficiente para diminuir o medo de queda, e os grupos da intervenção também melhoraram o índice em relação à força dos membros inferiores e ao número de quedas. Do mesmo modo, um ensaio clínico randomizado vietnamita mostrou, ainda, os benefícios para o equilíbrio, a qualidade do sono e o desempenho cognitivo em idosos.
Pesquisadores norte-americanos também identificaram que o Tai Chi melhora o equilíbrio e a mobilidade em indivíduos com doença de Parkinson. Após os voluntários participarem de 20 sessões de treinamento de uma hora, em um período de 10 e 13 semanas, melhoraram na Escala de Equilíbrio de Berg – uma métrica baseada no desempenho para definir melhor o comprometimento do equilíbrio avaliando a capacidade de realizar uma série de exercícios específicos. Também houve melhora na UPDRS, escala que envolve o exame clínico da função motora combinado com escalas que avaliam a visão subjetiva do paciente sobre a função nas atividades diárias.
Além disso, uma revisão científica realizada nos Estados Unidos sobre o efeito da prática do Tai Chi no quadro de depressão mostrou que houve benefícios no abrandamento dos sintomas. Os possíveis fatores preponderantes apresentados pelos pesquisadores foram demanda de controle atencional, autoconsciência e atenção focada na postura corporal, assim como controle de velocidade do movimento e da respiração, afastando o fator estressor. Os resultados dessas e de outras pesquisas comprovam que a prática pode ser uma forma de exercício apropriada, segura e eficaz.
