Neoplasia maligna mais comum entre os homens, o câncer de próstata é motivo de óbito de 28,6% da população masculina no planeta. Criada em 2011, a campanha Novembro Azul alerta sobre o câncer de próstata e destaca a importância do diagnóstico precoce. Como não apresenta sintomas iniciais, quando alguns sinais começam a aparecer cerca de 95% dos tumores já estão em fase avançada, dificultando a cura. Nesta etapa, os pacientes sentem dor óssea e ao urinar, vontade de urinar com frequência e presença de sangue na urina e/ou no sêmen.
Entre os fatores de risco estão o histórico familiar de câncer de próstata e a obesidade. Os homens da raça negra têm probabilidade de duas a três vezes maior que o restante da população masculina de desenvolver a neoplasia, o dobro da probabilidade de morrer por conta da doença e, em geral, um risco de câncer de próstata entre 5 e 10 anos mais cedo do que os brancos – embora a ciência ainda não saiba com clareza quais os motivos.
Segundo o Ministério da Saúde, a única forma de garantir a cura do câncer de próstata é o diagnóstico precoce. Mesmo na ausência de sintomas, homens a partir dos 45 anos de idade com fatores de risco, ou a partir dos 50 anos sem esses fatores, devem ir ao urologista anualmente para conversar sobre o exame de toque retal, que permite ao médico avaliar alterações da glândula, como endurecimento e presença de nódulos suspeitos – cerca de 20% dos pacientes com câncer de próstata são diagnosticados somente pela alteração no exame de toque retal.
Outros exames poderão ser solicitados pelo médico se houver suspeita da neoplasia, como as biópsias que retiram fragmentos da próstata para análise, guiadas pelo ultrassom transretal. O tratamento depende de aspectos como o estado de saúde do paciente, o grau da doença e a expectativa de vida. Em casos de tumores de baixa agressividade há a opção da vigilância ativa, na qual periodicamente se faz um monitoramento da evolução da doença intervindo se houver progressão.