Pesquisadores da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (EERP-USP) desenvolveram um aplicativo que ajuda crianças com diabetes mellitus tipo I (DM1). A DM1 é uma das doenças crônicas mais prevalentes na infância, com incidência aumentando em todo o mundo. A doença costuma ocasionar restrições e alterações comportamentais. Por isso, os pesquisadores desenvolveram um aplicativo para uso diário em dispositivos móveis que ajuda crianças com diabetes. A ferramenta foi elaborada e construída a partir das necessidades de aprendizagem, controle e tratamento. Dessa forma, o objetivo é facilitar o enfrentamento e os cuidados com a doença.
O aplicativo foi elaborado a partir de uma cartilha educativa desenvolvida no Ambulatório de Endocrinologia e Diabetes Infantil do Hospital de Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP. A ferramenta foi organizada especialmente para uso de crianças com diabetes e familiares. O aplicativo tem formato lúdico e educativo e, assim, visa estimular positivamente a adesão ao tratamento.
A ferramenta possui um contador de carboidratos lúdico. Para isso, basta fazer a inserção de dados, como a quantidade da alimentação diária dividida por horários, as doses de insulina e os valores do teste de glicemia capilar. Além disso, traça toda a rotina da criança, contabilizando as ações e orientando atitudes em tempo real. “O sistema permite interação com o profissional de saúde que acompanha a criança, que pode intervir rapidamente, quando necessário”, afirmam os autores. O estudo ‘Um app feito pra mim: desenvolvimento de tecnologia móvel para crianças com diabetes mellitus tipo 1 e suas famílias’ foi desenvolvido como dissertação de mestrado na EERP-USP.
Integração
Como o tratamento das crianças exige muitos cuidados, o aplicativo também possui ferramentas que facilitam esse processo. Além disso, promovem a integração dos familiares. Os pesquisadores também observaram o potencial em relação à tecnologia educativa, durante todo o desenvolvimento da ferramenta. Dessa forma, o objetivo é estimular a autonomia dos usuários e garantir um cuidado seguro e adequado, servindo como grande aliada à promoção em saúde.