Durante a menopausa ocorre uma redução da produção de alguns hormônios, como o estrogênio e a testosterona, por isso, a reposição hormonal está comumente associada à menopausa. No entanto, nem todas as mulheres nesta fase da vida precisam recorrer ao tratamento. Assim, a indicação desta terapia deve ser feita individualmente e após avaliação de cada paciente. Essa avaliação inclui o histórico de saúde, exames e a análise de algumas questões de saúde de familiares próximos.
Um dos principais benefícios da reposição hormonal é a diminuição dos sintomas relacionados à menopausa, como fogachos, insônia e alterações no humor. Além disso, contribui para a prevenção da osteoporose e de outras questões relacionadas à redução da produção de hormônios. Entre os exemplos estão queda de cabelo, sobrepeso –especialmente na região abdominal –, enfraquecimento de unhas e ressecamento da pele. Eventualmente podem ocorrer ressecamento da região vaginal e diminuição de libido.
Indicações
A terapia de reposição hormonal pode ser indicada por meio de comprimidos via oral, gel e adesivos colocados na pele, ou ainda por via vaginal, com uso de cremes, comprimidos ou óvulos vaginais. Como tudo na medicina, a indicação da terapia deve ser feita individualmente. “No caso de mulheres com risco cardiovascular aumentado ou predisposição para câncer de mama, por exemplo, será necessário avaliar cuidadosamente cada paciente”, explica o ginecologista e obstetra Alexandre Rossi.
O médico, que é responsável pelo ambulatório de Ginecologia Geral do Hospital e Maternidade Leonor Mendes de Barros e colaborador de Ginecologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), ressalta que quando há contraindicação de reposição hormonal clássica é necessário optar por tratamentos alternativos. Para isso, há opções de medicamentos não hormonais ou isoflavonas, que são hormônios derivados de plantas. “Embora tenham a potência reduzida, são mais seguros para algumas pacientes”, orienta.
Exercícios
Além disso, há outras medidas que podem auxiliar na redução dos sintomas e na melhora da qualidade de vida na menopausa, como a prática regular de atividade física aliada à alimentação balanceada. “O uso de lubrificantes também pode ser uma solução para o caso de desconforto e dor nas relações sexuais”, sugere o especialista.
