Feridas crônicas são um grave problema

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Feridas crônicas são um problema de saúde pública

Escrito por: Elessandra Asevedo

As feridas crônicas são um grave problema de saúde pública no Brasil, podendo permanecer por meses ou até mesmo por anos nos pacientes. Essas feridas de difícil cicatrização causam sofrimento, diminuição da qualidade de vida e alto custo para os indivíduos e para os serviços de saúde. De acordo com o Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo, estudos acadêmicos divulgados em 2019 apontam que cerca de 20 milhões de pessoas têm feridas crônicas no mundo.

Segundo pesquisa da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV), cerca de 245 mil brasileiros sofreram amputação de membros inferiores de 2012 a 2021, e metade das amputações aconteceram em pacientes com diabetes. Ainda de acordo com a entidade, as infecções nos pés de pessoas diabéticas são motivo de grande preocupação, sobretudo quando considerado o tamanho da população suscetível ao problema. Os dados sugerem, ainda, uma alta progressiva no número de amputações e desarticulações de membros inferiores no Brasil.

A enfermeira Saskia Pontes Fleury, especializada em Estomaterapia (feridas, estomias e incontinências) do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, afirma que as feridas podem se tornar crônicas se não houver tratamento adequado. “A avaliação do paciente com feridas e a indicação de tratamento correto promovem melhora clínica, evitam infecções e favorecem a cicatrização”, ressalta. Por esse motivo, é fundamental que as pessoas procurem ajuda de profissionais especializados o mais breve possível.

Atenção às feridas crônicas

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), as feridas crônicas são um grave problema porque lesões abertas têm potencial para infecções bacterianas graves, incluindo gangrena gasosa e tétano. Essas, por sua vez, podem levar a incapacidades em longo prazo, infecções ósseas e óbitos. A infecção de feridas é particularmente preocupante quando os pacientes chegam tarde ao médico ou quando são decorrentes de desastres, quando um grande número de feridos excede a capacidade disponível de atendimento.

Para a enfermeira Saskia Pontes Fleury, é preciso ter cuidado e procurar ajuda médica sempre que surgir uma ferida que demora a cicatrizar ou apresenta pus, dor moderada ou intensa na área, sangramento excessivo, inchaço e vermelhidão. “Além disso, o aumento da temperatura da pele próxima à ferida e a dificuldade para movimentar o membro afetado são sintomas que indicam a necessidade de realizar uma consulta médica”, pontua.

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