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Risco aumentado de deficiências nutricionais

Escrito por: Elessandra Asevedo

O terrorismo nutricional pode levar a deficiências de vitaminas e minerais, entre as quais a vitamina B12 e o zinco, que geram problemas como fadiga, fraqueza, perda de massa muscular e até transtornos metabólicos por déficit de macro e micronutrientes. Além disso, podem ocasionar efeitos adversos em longo prazo, como diabetes e doenças cardiovasculares, pois o indivíduo deixa de ingerir todos os nutrientes necessários para manutenção do organismo. Segundo a endocrinologista Cristina Schreiber, o transtorno alimentar que advém da exclusão de grupos alimentares é o resultado mais comum. “A ortorexia nervosa é uma obsessão patológica por alimentos saudáveis que fica perceptível naquelas pessoas que começam a levar a própria refeição para um evento social, pois não comem mais os alimentos que estão sendo servidos nos locais”, exemplifica.

Além da ortorexia, o terrorismo nutricional desencadeia o desenvolvimento de outros transtornos alimentares, como anorexia nervosa, bulimia e transtorno de compulsão alimentar – distúrbios que podem trazer sérias consequências físicas e emocionais. De acordo com a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), estima-se que mais de 70 milhões de pessoas no mundo sejam afetadas por algum transtorno alimentar, que tem a maior taxa de mortalidade do que qualquer doença psiquiátrica.

Evidências

A prática da nutrição baseada em evidências e a busca por um equilíbrio alimentar são os melhores antídotos para combater o terrorismo nutricional. Mas, muitas vezes, o próprio indivíduo não percebe que está sofrendo com a prática. A nutróloga Isolda Prado explica que pacientes que sofrem de terrorismo nutricional podem demonstrar uma obsessão por alimentos considerados saudáveis, evitar certos itens com base em temores infundados ou apresentar sentimento de culpa após comer algo considerado ‘ruim’. “Essas pessoas acabam por adotar padrões alimentares rígidos e mostram claros sinais de ansiedade ou estresse em relação à comida”, ressalta.

Embora a mudança de comportamento alimentar não seja uma tarefa fácil, é necessário ter um acompanhamento de equipe multidisciplinar composta de especialistas de diversas áreas, como nutricionistas, psicólogos e médicos. Esses profissionais devem estar capacitados para o atendimento dos pacientes que se encontram em vulnerabilidade em consequência desse terrorismo, a fim de tratar ou evitar consequências irreversíveis na saúde. “Para minimizar o impacto do terrorismo nutricional cabe um apelo para que a população seja mais crítica diante dos bombardeios de informações. Avalie, pondere e pesquise em fontes seguras, como associações e entidades que não tenham nenhuma indústria alimentícia patrocinando”, sugere a nutricionista Daniela Cierro. •

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