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Probióticos para os cuidados da pele

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Probióticos com ação no eixo intestino-pele

Escrito por: Adenilde Bringel

De acordo com uma revisão de literatura desenvolvida por pesquisadores chineses, a homeostase da microbiota intestinal pode influenciar a saúde da pele, demonstrando a existência de um eixo intestino-pele. Recentemente, cientistas têm proposto melhorar a saúde da pele por meio de intervenções probióticas. Dessa forma, os cuidados microecológicos com a pele começam a se tornar um conceito popular, e a proposta é utilizar alguns probióticos para os cuidados da pele.

No artigo científico, os pesquisadores fizeram uma revisão abrangente da aplicação e dos mecanismos da homeostase da microbiota intestinal mediada por probióticos nos cuidados da pele. O objetivo é oferecer uma base teórica para a aplicação de alguns probióticos. “Ao regular a saúde da pele e as interações do eixo intestino-pele, os probióticos podem ser usados como potenciais ferramentas de gerenciamento para suprimir e melhorar as doenças de pele de várias maneiras”, sinalizam.

De acordo com os autores, os cientistas estão cada vez mais conscientes do poderoso efeito dos probióticos em muitos campos. Com isso, os efeitos dos probióticos nos cuidados da pele têm sido cada vez mais estudados em várias partes do mundo. Em resumo, os probióticos podem atuar através de uma variedade de mecanismos. Por exemplo, probióticos ajudam a diminuir o estresse oxidativo, suprimir respostas inflamatórias e manter os efeitos imunológicos. “Portanto, exercem um efeito crucial na melhoria da microbiota e são uma modalidade terapêutica vital na cura de distúrbios inflamatórios da pele”, afirmam.

Recentemente, pesquisadores também sugeriram que os probióticos podem ser usados como um ingrediente eficiente em cosméticos para resolver os problemas de pele. Por exemplo, os probióticos orais podem ter influências fotoprotetoras diretas em células especiais da pele através da regulação de respostas imunes e fatores de inflamação. “Além disso, podem aumentar o conteúdo sérico de ácidos graxos de cadeia curta (AGCC), que induzem uma série de respostas imunes e inflamatórias”, acentuam os autores.

Os probióticos orais também foram investigados como um meio de melhorar diretamente a microbiota intestinal e, assim, suprimir o fotoenvelhecimento da pele. Além disso, os probióticos orais têm sido usados no tratamento de outras doenças de pele, incluindo dermatite atópica, acne, rosácea e psoríase, ao regular a microbiota da pele e o eixo intestino-pele. “Ademais, pesquisas experimentais indicaram que os probióticos não têm influências tóxicas ou têm menos influências tóxicas nos hospedeiros e podem ser mais bem usados no desenvolvimento de tratamentos de pele”, indicam os autores.

Eixo Intestino-pele 

O eixo intestino-pele sugere uma relação na qual as propriedades imunes da microbiota intestinal também podem influenciar a saúde da pele. Assim, a modulação positiva da pele ou da microbiota intestinal com o uso de probióticos orais pode ser considerada uma potencial abordagem clínica para prevenir o fotoenvelhecimento. De acordo com os autores, a microbiota do intestino é semelhante à da pele, e vários estudos associaram o estado inflamatório da pele ao distúrbio da microbiota intestinal. “A microbiota intestinal alterada pode levar ao estado autoimune e inflamatório não apenas nos intestinos, mas também em órgãos remotos, incluindo a pele”, sinalizam.

Várias pesquisas também comprovam que o sistema imunológico parece mediar a conexão entre a pele e o intestino. De acordo com os pesquisadores chineses, essas interações microbianas com o sistema imunológico do hospedeiro são importantes para manter a homeostase da pele. “Assim, um equilíbrio entre pele e intestinos é uma maneira lógica de curar muitos distúrbios de pele”, argumentam. 

Maior órgão do corpo

A pele é responsável por aproximadamente 15% do peso corporal total dos adultos, com uma área de superfície média de 1,5 a 2m2. Os autores afirmam que uma das principais funções da pele é ser uma barreira mecânica para microrganismos causadores de doenças e substâncias nocivas. “Na verdade, a pele pode ser vista como uma das defesas vitais contra infecções, bem como o sistema imunológico inato e adaptativo”, resumem. Outras características importantes incluem a inibição da perda de água transcutânea, a termorregulação, o suporte estrutural e a síntese de vitaminas. E todas essas funções ajudam a manter o hospedeiro saudável.

“A busca pela beleza nunca termina. Muitas vezes, é difícil saber se problemas como pigmentação, rugas, envelhecimento e desidratação da pele ocorrem devido a elementos externos ou mudanças internas”, analisam. Embora os problemas de pele tenham várias causas, os autores afirmam que os cientistas estão continuamente pesquisando produtos de tratamento seguros e eficientes para resolver essas condições que tanto incomodam as pessoas. O artigo ‘The role of probiotics in skin health and related gut–skin axis: a review’ foi publicado em 2023 no periódico Nutrients.

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